Pablo Menezes compartilhou o status de NINJA.
PÓS PAES
Com certo alívio, e muita indignação, encerramos nosso round com Eduardo Paes.
Não foi fácil. E isso não foi exatamente uma surpresa. Longe disso: fomos longamente prevenidos.
De um lado, um profissional da política, debates e entrevistas. Particularmente hábil e bem treinado na conveniente arte de tergiversar.
Do outro, uma rede de jornalismo independente que está organicamente, em fluxo, buscando sua estrutura editorial.
Por isso, recebemos tranquilos as críticas - e as trolagens - que pipocaram na rede nas últimas horas.
Mas não podemos receber de forma tranquila a postura demagógica e insensível do prefeito diante de temas tão inflamáveis para cariocas - e brasileiros, no fundo.
Aqui, não queremos oferecer desculpas, mas contexto.
Depois do bloqueio à nossa equipe na coletiva de Sérgio Cabral, no começo da tarde chegou a nós a oferta de uma entrevista com o prefeito do Rio de Janeiro. Poucas horas antes de sua disponibilidade.
Duas opções apenas: topar ou não.
Há muitas e cruciais diferenças entre cobrir a rua, a ação dos protestos e encarar um ensaboado governante, tête-à-tête, por mais de uma hora. Mas há uma semelhança que, para nós, determinou a decisão: sejam tropas de PMs violentos ou prefeitos de metrópoles chamando para o ringue, são desafios colocados diante de nós.
Negar, nesse caso, não seria cautela ou sabedoria. Nem covardia, diga-se. Mas simplesmente fugir de uma certeza clara em nossa rede...
É no processo, na experiência, na transparência, no teste real, ao vivo e sem cortes, que estamos avançando. Construindo nossa base de público e equipe. E pensando, com os muitos erros e acertos, em como entregar um jornalismo cada vez mais próximo da enorme confiança e expectativa que tanta gente deposita na Mídia NINJA.
Assim, independente do julgamento imediato que se faça sobre a entrevista, estamos no fundo felizes com o resultado.
Não pelas respostas longas e enviezadas de Paes. Nem por nossa performance. Mas pelas perguntas importantes que estão já sendo levantadas depois de nossa difícil hora no gabinete do prefeito.
Há muita discussão que precisa começar a partir dessa experiência de jornalismo de baixa resolução e alta fidelidade. E há, sobretudo, muitas frases, declarações e informações passadas por Eduardo Paes que merecem escrutínio e investigação. E é sobre elas que vamos nos debruçar nos próximos dias.
Estamos certos de uma coisa: essa entrevista está longe de acabar.
Em frente!
PS: Segunda feira, aliás, tem reunião aberta da Mídia Ninja no Rio. Quem quer conversar?
Com certo alívio, e muita indignação, encerramos nosso round com Eduardo Paes.
Não foi fácil. E isso não foi exatamente uma surpresa. Longe disso: fomos longamente prevenidos.
De um lado, um profissional da política, debates e entrevistas. Particularmente hábil e bem treinado na conveniente arte de tergiversar.
Do outro, uma rede de jornalismo independente que está organicamente, em fluxo, buscando sua estrutura editorial.
Por isso, recebemos tranquilos as críticas - e as trolagens - que pipocaram na rede nas últimas horas.
Mas não podemos receber de forma tranquila a postura demagógica e insensível do prefeito diante de temas tão inflamáveis para cariocas - e brasileiros, no fundo.
Aqui, não queremos oferecer desculpas, mas contexto.
Depois do bloqueio à nossa equipe na coletiva de Sérgio Cabral, no começo da tarde chegou a nós a oferta de uma entrevista com o prefeito do Rio de Janeiro. Poucas horas antes de sua disponibilidade.
Duas opções apenas: topar ou não.
Há muitas e cruciais diferenças entre cobrir a rua, a ação dos protestos e encarar um ensaboado governante, tête-à-tête, por mais de uma hora. Mas há uma semelhança que, para nós, determinou a decisão: sejam tropas de PMs violentos ou prefeitos de metrópoles chamando para o ringue, são desafios colocados diante de nós.
Negar, nesse caso, não seria cautela ou sabedoria. Nem covardia, diga-se. Mas simplesmente fugir de uma certeza clara em nossa rede...
É no processo, na experiência, na transparência, no teste real, ao vivo e sem cortes, que estamos avançando. Construindo nossa base de público e equipe. E pensando, com os muitos erros e acertos, em como entregar um jornalismo cada vez mais próximo da enorme confiança e expectativa que tanta gente deposita na Mídia NINJA.
Assim, independente do julgamento imediato que se faça sobre a entrevista, estamos no fundo felizes com o resultado.
Não pelas respostas longas e enviezadas de Paes. Nem por nossa performance. Mas pelas perguntas importantes que estão já sendo levantadas depois de nossa difícil hora no gabinete do prefeito.
Há muita discussão que precisa começar a partir dessa experiência de jornalismo de baixa resolução e alta fidelidade. E há, sobretudo, muitas frases, declarações e informações passadas por Eduardo Paes que merecem escrutínio e investigação. E é sobre elas que vamos nos debruçar nos próximos dias.
Estamos certos de uma coisa: essa entrevista está longe de acabar.
Em frente!
PS: Segunda feira, aliás, tem reunião aberta da Mídia Ninja no Rio. Quem quer conversar?