Paramos??

Glória De Menezes Vasconcellos Horta

há 26 minutos próximo a Rio de Janeiro

A televisão fala em plebiscito, as fotos de cachorro e bolo de aniversário retornam ao Facebook, caminhoneiros fazem greve, uma ou outra passeata aqui e acolá, alguns políticos mostram a cara, certamente com a ficha limpíssima, ou não iriam se arriscar: Gabeira, Chico Alencar, Eliomar Coelho, Cidinha Campos. O Partido Verde, delicadamente, veicula vídeo no horário nobre: Ouvir, entender. Um certo medo incerto de tudo acabar no vazio, uma certeza incerta de que os grupos estão se agrupando e pensando politicamente, uma esperança de que tudo continue sempre, numa eterna revolução. Incerteza. Toda essa paralisação do país, terá sido por tão pouco? Ou entramos num processo que tem um outro ritmo? Em que parte paramos? Paramos?

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  Adônis Cairo Costa Acredito na revolução como acreditava Marcuse: não importa como ou quando, ela acaba acontecendo. E a despeito dos interesses e análises dos que estão no poder. E ela acontece através dos jovens, a despeito das análises e ponderações dos adultos.

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  Glória De Menezes Vasconcellos Horta

  Disseram que o Movimento Passe Livre era acéfalo, e não pleiteava nada concretamente, além da diminuição do preço da passagem. 
  Acéfalo é o governo, onde cada um diz uma coisa. O governo está com deficit de atenção. As bandeiras levantadas no dia 20 de junho foram bem claras, apontando os anseios dos brasileiros. O Partido Verde copiou todas e usou no seu horário. Parece que o PV entendeu, não suportamos mais verdades absolutas. Ouvir, entender e mudar, é isso. Contratar médicos estrangeiros é inconstitucional, plebiscito não tem tempo, aumentar em dois anos a faculdade de medicina só faz com que fiquemos mais dois anos sem aquele médico. Dilma e sua equipe não conversam, isso fica claro. Antes de propor alguma coisa, Presidenta, consulte alguém de sua confiança. Deve haver.

  
  

  
  

  Pablo Menezes

  

  
  

  A revolta das barcas, 1959.
  
  A Revolta das Barcas foi um levante popular, ocorrido em 22 de Maio de 1959 contra o serviço hidroviário na cidade de Niterói, estado do Rio de Janeiro. A revolta, além de 6 mortos e 118 feridos, o serviço oferecido pelo Grupo Carreteiro era alvo de críticas, as filas, os atrasos eram motivos de insatisfação pelos usuários do serviço. Somado a isso a mobilização dos sindicatos ds marítimos, que exigiam melhores salários, e a pressão do Grupo para que o Governo lhe desse dinheiro para superar a suposta crise. Os protestos então começaram e os Fuzileiros tentavam conter o tumulto, a tensão crescia a medida que o atraso aumentava. Uma das barcas foi recebida com pedradas e os fuzileiros reagiram com uma rajada de metralhadora. Começava a rebelião na qual incendiaram a estação Cantareira, depois para outras estações. Por fim a multidão partiu para a casa da família Carreteiro, a qual foi invadida, depredada e por fim incendiada.