Minha alegria. Que falta vc me faz. O movimento sem nome tem muitos focos, muitas perspectivas. Vi policiais lanchando, muitos, no caminho entre meu apartamento e o da minha amiga, quase em frente ao Palácio. Vi manifestantes chatérrimos, que ficavam xingando a parede de policiais, protegidos pelas dezenas de câmeras. Quase não ouvi palavras de ordem, como no dia 20 de junho. A impressão que tive foi que muitos jovens queriam de qualquer maneira apanhar da polícia, mas não foi possível, por causa das câmeras. Não desdigo NADA que pensei até agora, mas não há o policial mau de um lado e o manifestante correto do outro. O ser humano tem mil faces. Fica o registro. Amanhã verei os filmes e fotos. Hj a bateria acabou. Da câmera e a minha. Rs. Bjs- Andei a pé da Rua das Laranjeiras até a casa de minha amiga na Pinheiro Machado, com minha conta de luz na mão, atravessei CENTENAS de policiais em todas as esquinas, mostrando o comprovnate de residência a cada centena de policiais. O coração até disparou. Filmei e fotografei tudo, mas confesso que estou decepcionada. Much noise for nothing, a revolução do espetáculo. Mais câmeras que pessoas. Só xingando a polícia. Esqueceram o resto, infelizmente, aqui. No Largo do Machado, não fui. Filmei e fotografei, corri da polícia pela primeira vez, em 64 eu era pequena, e agora estou grande demais, com dor de coluna. Ufffffffffffffff......
- Minha amiga adora xingar e discutir. Foi ótimo. Nos manifestamos, vimos o Judas de Cabral ser queimado, após várias tentativas frustradas. Gritamos palavras de ordem, fotografamos e filmamos TUDO. Corremos das bombas com a câmera na mão, amanhã posto tudo. Somos muito antenadas desde o Pier de Ipanema.
- Fomos convidadas para o beijaço gay, e como recusamos, disseram que aceitariam beijaços héteros, fariam uma exceção para nós, vovòs. Não fomos, preferimos xingar policiais e manifestantes pentelhos da janela. Estávamos com dor na coluna, e na janela é melhor para nossa idade.
A Bonequinha Vil
Passeata também é cultura.